| Withering Roses
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O Instituto Psiquiátrico de Blaine County foi fundado há décadas como uma das mais renomadas e controversas instituições de saúde mental da região. Seu diretor, o Dr. Keith Taylor, é uma figura tanto reverenciada quanto questionada, conhecido por suas ideias progressistas e, ao mesmo tempo, por liderar uma instituição envolta em segredos perturbadores. Desde o início, boatos circulavam sobre os tratamentos realizados nas profundezas do instituto. Diz-se que alguns pacientes passavam meses ou até anos sem serem vistos novamente, enquanto outros saíam... diferentes. O que acontecia atrás dos portões altos e sombrios do Instituto de Blaine County nunca era discutido publicamente pelos funcionários, mas os moradores locais, especialmente aqueles cujas famílias tinham algum histórico com o local, sempre mencionavam "coisas bizarras". Entre esses boatos, falava-se de experimentos psicológicos não convencionais, sessões de terapia que mais pareciam tortura mental, e eventos inexplicáveis, como pacientes que alegavam visões de entidades ou escutavam vozes de antigos internos. A neblina de mistério nunca deixou de envolver o instituto, e para alguns, isso era exatamente o que o tornava tão necessário: ele cuidava daqueles que ninguém mais queria, ou podia. Cap. 1 - A
Porém, o que diferenciava o Instituto de Blaine County de outras instituições psiquiátricas era a sua iniciativa chamada Withering Roses. Fundada pelo próprio Dr. Taylor, a Withering Roses surgiu como um programa de realocação social para jovens internos, oferecendo-lhes uma oportunidade de recomeçar, se integrar e prosperar fora dos muros do instituto. O programa proporcionava dormitórios comunitários, localizados em uma república especial, onde os jovens poderiam residir e viver com alguma autonomia. No entanto, a ligação com o instituto nunca era completamente rompida: os residentes da Withering Roses eram obrigados a retornar ao local periodicamente para avaliações e, em caso de crises, eram internados novamente por tempo indeterminado. O foco do projeto era claro: a arte como meio de expressão. Os jovens da Withering Roses eram encorajados a explorar suas emoções e pensamentos através de várias formas artísticas, desde pintura e escultura até teatro e poesia. Isso não só ajudava em sua terapia, mas também proporcionava uma maneira de se conectarem com o mundo exterior. Assim, ao longo dos anos, a Withering Roses começou a promover saraus culturais e eventos artísticos abertos ao público, sempre supervisionados e apoiados pelo Instituto.
Apesar do impacto positivo que a Withering Roses teve na vida de muitos, a sociedade acadêmica e as elites locais não receberam bem a iniciativa. Muitos questionavam se era seguro deixar jovens com históricos psicológicos problemáticos circularem livremente pela cidade. O preconceito era nítido: "Esses jovens não são um perigo constante para a sociedade? Por que tiraram eles de lá?", era um sentimento frequentemente sussurrado nos círculos mais abastados. Os membros da Withering Roses, por sua vez, adotaram uma postura discreta e retraída. Sabiam que, por mais que seus esforços artísticos trouxessem algum reconhecimento, jamais seriam aceitos por completo. Mesmo assim, formaram uma irmandade unida, focada em seu próprio crescimento e bem-estar. O círculo de apoio que mantinham era composto não apenas por membros da Withering Roses, mas também por pessoas da comunidade que, motivadas por empatia ou curiosidade, se uniam para ajudar uns aos outros. Com o passar dos anos, a presença dos Withering Roses tornou-se um ponto de debate constante, e o Instituto Psiquiátrico de Blaine County, com todos os seus segredos e inovações, continuava a ser um lugar onde os limites entre o cuidado, a reabilitação e o mistério se cruzavam de maneiras desconcertantes.